Por volta de 6000 a.C., a agricultura organizada e a construção de grandes edifícios havia surgido no Vale do Nilo. Durante o Neolítico, diversas culturas pré-dinásticas desenvolveram-se de maneira independente no Alto e no Baixo Egiptos. A cultura badariense e a sua sucessora, a nagadiense, são consideradas as precursoras da civilização egípcia dinástica. O sítio mais antigo conhecido no Baixo Egipto, Merimda, antecede os badarienses em cerca de 700 anos. As comunidades do Baixo e do Alto Egiptos coexistiram por mais de dois mil anos, mantendo-se como culturas separadas, mas com contactos comerciais frequentes. Os primeiros exemplos de inscrições hieroglíficas egípcias apareceram no período pré-dinástico, em artefactos de cerâmica de Nagada III datados de cerca de 3200 a.C.
Em cerca de 3150 a.C., o Rei Mena fundou um reino unificado e estabeleceu a primeira de uma sequência de dinastias que governaria o Egito pelos três milénios seguintes. Posteriormente, os egípcios passaram a referir-se a seu país unificado com o termo tawy, "duas terras" e, em seguida, kemet (kīmi, em copta), "terra negra". A cultura egípcia floresceu durante este longo período e manteve traços distintos na religião, arte, língua e costumes. Às duas primeiras dinastias do Egipto unificado seguiriam-se o período do Império Antigo (c. 2700-2200 a.C.), famoso pelas pirâmides, em especial a pirâmide de Djoser (III Dinastia) e as pirâmides de Gizé (IV Dinastia).
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