A ocupação do Egito e a aquisição do Congo foram os primeiros acontecimentos importantes do que se transformaria em uma disputa precipitada pelo território africano. Em 1884, Bismarck convocou a Conferência de Berlim para discutir os problemas relacionados à África. Os diplomáticos se mascararam com uma fachada humanitária condenando o tráfico de escravos, proibindo a venda de bebidas alcoólicas e armas de fogo em certas regiões e expressando sua preocupação pelas atividades missionárias. Os diplomatas em Berlim estabeleceram as regras de caráter que guiava as potências européias em busca de novas colônias. Também concordaram que a área em torno do Rio Congo seria administrada por Leopoldo II da Bélgica como uma área neutra, conhecida como o Estado Livre do Congo, na qual o comércio e a navegação seriam liberados. Nenhuma nação reclamaria nenhum território africano sem antes ter notificado suas intenções aos demais países envolvidos e nenhum território deveria ser reclamado sem antes ser ocupado. Contudo, os países na prática ignoravam tais regras.
Ocupação britânica do Egito e África do Sul
As ocupações no Egito e na Colônia do Cabo por parte do Reino Unido contribuíram para a preocupação de se preservar a nascente do Rio Nilo. O Egito foi ocupado pelas forças britânicas em 1882 (mesmo que não havia sido declarado formalmente um protetorado até 1914, e nunca foi uma colônia); Sudão, Nigéria, Quênia e Uganda foram subjugados na década de 1890 e no início da década de 1900; e no sul, a colônia do cabo, adquirida em 1795, proveu a base para a subjugação dos estados africanos vizinhos e os povoados holandeses que haviam abandonado o Cabo para evitar os britânicos e mais tarde fundariam suas próprias repúblicas. Em 1877, Theophilus Shepstone anexou a República Sul Africana aos domínios britânicos. O Reino Unido consolidou seu poder sobre a maioria das colônias da África do Sul em 1879 depois da Guerra Anglo-Zulu. Os bôeres protestaram e em Dezembro de 1880 se revoltaram, fato que levou à Primeira Guerra dos Bôeres (1880-1902). O primeiro-ministro inglês William Ewart Gladstone assinou um tratado de paz em 23 de março de 1881, outorgando-lhes um governo livre. A Segunda Guerra dos Bôeres transcorreu entre 1899 e 1902; as repúblicas independentes do Estado Livre de Orange e a República Sul Africana foram derrotadas e anexadas ao Império Britânico.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Geografia do Egito
Com uma área de 1 001 450 km², o Egito é o 29º maior país do mundo, um pouco maior do que o estado brasileiro do Mato Grosso e duas vezes o território da França. Entretanto, devido à aridez do clima do país, os centros urbanos estão concentrados ao longo do estreito vale do rio Nilo e no Delta do Nilo, razão pela qual 99% da população egípcia usam apenas 5,5% da área total.
O Egito faz fronteira com a Líbia a oeste, o Sudão a sul e Israel e a Faixa de Gaza a nordeste. O país controla o canal de Suez, que liga o Mediterrâneo ao mar Vermelho e, por conseguinte, ao oceano Índico.
Também pertence ao Egito a península do Sinai, na Ásia, a qual, ligada ao restante do país pelo istmo de Suez, caracteriza-o como um Estado transcontinental.
Fora do vale do Nilo, a maior parte do território egípcio é composto por desertos de areia, onde os ventos criam dunas que podem ultrapassar 30 m de altura. O país inclui partes do deserto do Saara e do deserto da Líbia, a "terra vermelha", como os chamavam os antigos egípcios, que protegia o reino dos faraós de ameaças a oeste.
O Egito faz fronteira com a Líbia a oeste, o Sudão a sul e Israel e a Faixa de Gaza a nordeste. O país controla o canal de Suez, que liga o Mediterrâneo ao mar Vermelho e, por conseguinte, ao oceano Índico.
Também pertence ao Egito a península do Sinai, na Ásia, a qual, ligada ao restante do país pelo istmo de Suez, caracteriza-o como um Estado transcontinental.
Fora do vale do Nilo, a maior parte do território egípcio é composto por desertos de areia, onde os ventos criam dunas que podem ultrapassar 30 m de altura. O país inclui partes do deserto do Saara e do deserto da Líbia, a "terra vermelha", como os chamavam os antigos egípcios, que protegia o reino dos faraós de ameaças a oeste.
Um pouco da sua Historia
Por volta de 6000 a.C., a agricultura organizada e a construção de grandes edifícios havia surgido no Vale do Nilo. Durante o Neolítico, diversas culturas pré-dinásticas desenvolveram-se de maneira independente no Alto e no Baixo Egiptos. A cultura badariense e a sua sucessora, a nagadiense, são consideradas as precursoras da civilização egípcia dinástica. O sítio mais antigo conhecido no Baixo Egipto, Merimda, antecede os badarienses em cerca de 700 anos. As comunidades do Baixo e do Alto Egiptos coexistiram por mais de dois mil anos, mantendo-se como culturas separadas, mas com contactos comerciais frequentes. Os primeiros exemplos de inscrições hieroglíficas egípcias apareceram no período pré-dinástico, em artefactos de cerâmica de Nagada III datados de cerca de 3200 a.C.
Em cerca de 3150 a.C., o Rei Mena fundou um reino unificado e estabeleceu a primeira de uma sequência de dinastias que governaria o Egito pelos três milénios seguintes. Posteriormente, os egípcios passaram a referir-se a seu país unificado com o termo tawy, "duas terras" e, em seguida, kemet (kīmi, em copta), "terra negra". A cultura egípcia floresceu durante este longo período e manteve traços distintos na religião, arte, língua e costumes. Às duas primeiras dinastias do Egipto unificado seguiriam-se o período do Império Antigo (c. 2700-2200 a.C.), famoso pelas pirâmides, em especial a pirâmide de Djoser (III Dinastia) e as pirâmides de Gizé (IV Dinastia).
Em cerca de 3150 a.C., o Rei Mena fundou um reino unificado e estabeleceu a primeira de uma sequência de dinastias que governaria o Egito pelos três milénios seguintes. Posteriormente, os egípcios passaram a referir-se a seu país unificado com o termo tawy, "duas terras" e, em seguida, kemet (kīmi, em copta), "terra negra". A cultura egípcia floresceu durante este longo período e manteve traços distintos na religião, arte, língua e costumes. Às duas primeiras dinastias do Egipto unificado seguiriam-se o período do Império Antigo (c. 2700-2200 a.C.), famoso pelas pirâmides, em especial a pirâmide de Djoser (III Dinastia) e as pirâmides de Gizé (IV Dinastia).
Etimologia
Um dos antigos nomes egípcios para o país, Kemet (kṃt), ou "terra negra" (de kem, "negro"), advém do solo fértil negro depositado pelas cheias do Nilo, distinto da "terra vermelha" (dechret, dšṛt) do deserto. O nome passou às formas kīmi e kīmə na fase copta da língua egípcia e aparece no grego primitivo como Χημία (Khēmía). Outro nome era t3-mry ("terra da ribeira"). Os nomes do Alto e do Baixo Egipto eram Ta-Sheme'aw (t3-šmˁw), "terra da junça", e Ta-Mehew (t3 mḥw) "terra do norte", respectivamente.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)